Segunda maior empresa do setor sucroalcooleiro do Paraná e uma das dez maiores do país, o grupo Lincoln Junqueira, mais conhecido como Alto Alegre, colheu na última safra, a 2009/10, os bons frutos do seu perfil fortemente açucareiro. Os preços altos da commodity e uma produção maior em volume elevaram em 39%, para R$ 1,53 bilhão, o faturamento bruto da empresa.
O resultado foi um lucro líquido de R$ 234,3 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 61,8 milhões na temporada anterior, a 2008/09. Para esta safra em curso, a expectativa é de um desempenho ainda melhor, diz Ricardo Pogetti, diretor de controladoria do grupo. Isso porque a capacidade de processamento de cana do grupo foi ampliada em 1,4 milhão de toneladas, com a aquisição da Cofercatu, de Florestópolis (PR), concluída em maio deste ano. Com a Cofercatu, o grupo passar a deter condições de moer 16 milhões de toneladas da matéria-prima.
Outra razão é que a empresa entrou ainda mais açucareira nesta safra. A fatia do açúcar no mix de produção deve ser 68% ante o percentual de 64% em 2009/10 e de 59% em 2008/09. "Ampliamos no ano passado a fábrica de açúcar de Santo Inácio, no Paraná", conta Pogetti. Além da conjuntura favorável para o açúcar, que ontem bateu o maior preço em sete meses na bolsa de Nova York [ver mais na página B10], o executivo argumenta que os preços do etanol também vão ajudar a turbinar o faturamento. "Vemos neste ano um cenário ainda mais favorável", diz.
Na temporada 2009/10, a geração de caixa da empresa (lajida, lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi 36% maior do que na temporada anterior e bateu R$ 482,3 milhões. O caixa mais gordo melhorou os indicadores de endividamento. Em 30 de abril deste ano, a dívida líquida estava em R$ 744 milhões, o equivalente a 1,5 vez a geração de caixa. "Em 30 de abril de 2009, essa relação era de 2,8 vezes", lembra Pogetti.
Com o caixa forte e a baixa alavancagem, a empresa pretende seguir seu plano de crescimento. De acordo com o executivo, a expansão seguirá mais agressiva em terras paranaenses.
Das cinco unidades da empresa, três estão no Paraná, Estado que ainda oferece oportunidades diferenciadas de expansão em cana em relação a São Paulo, por exemplo, segundo Pogetti. Entre elas, maior disponibilidade de terras e ativos mais baratos, além de logística competitiva, com a ferrovia sendo o principal modal de escoamento da produção.
"Vamos continuar crescendo no Paraná. Do Centro-Sul, o Estado é o que tem a melhor logística", diz. Para ele, São Paulo já está muito ocupado. É difícil pensar em uma outra unidade em áreas paulistas", afirma diretor.
No ano passado, a empresa investiu R$ 277 milhões, que foram aplicados em ampliação de lavoura de cana, máquinas e equipamentos industriais. Em 2010, segundo Pogetti, a empresa deve manter o mesmo ritmo de investimento. O foco continua sendo melhorias nas unidades já existentes.
Mas, no médio prazo, a partir de 2012, a empresa pretende ampliar a capacidade de processamento de suas unidades no Paraná. O foco é a usina de Florestópolis, que processa 1,4 milhão de toneladas, mas tem área agrícola para expandir para 4 milhões de toneladas. Também, a unidade de Santo Inácio, localizada no município de mesmo nome, com moagem de 3 milhões de toneladas. "Essa usina tem condição para ser ampliada para 5 milhões de toneladas", conta o executivo.
Além de ampliação da capacidade industrial, no médio prazo, a empresa pretende também crescer em cogeração em unidades onde ainda há espaço para avançar, como as de Junqueira (PR) e a do município de Floresta (SP).
Fonte: Valor Econômico
O resultado foi um lucro líquido de R$ 234,3 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 61,8 milhões na temporada anterior, a 2008/09. Para esta safra em curso, a expectativa é de um desempenho ainda melhor, diz Ricardo Pogetti, diretor de controladoria do grupo. Isso porque a capacidade de processamento de cana do grupo foi ampliada em 1,4 milhão de toneladas, com a aquisição da Cofercatu, de Florestópolis (PR), concluída em maio deste ano. Com a Cofercatu, o grupo passar a deter condições de moer 16 milhões de toneladas da matéria-prima.
Outra razão é que a empresa entrou ainda mais açucareira nesta safra. A fatia do açúcar no mix de produção deve ser 68% ante o percentual de 64% em 2009/10 e de 59% em 2008/09. "Ampliamos no ano passado a fábrica de açúcar de Santo Inácio, no Paraná", conta Pogetti. Além da conjuntura favorável para o açúcar, que ontem bateu o maior preço em sete meses na bolsa de Nova York [ver mais na página B10], o executivo argumenta que os preços do etanol também vão ajudar a turbinar o faturamento. "Vemos neste ano um cenário ainda mais favorável", diz.
Na temporada 2009/10, a geração de caixa da empresa (lajida, lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi 36% maior do que na temporada anterior e bateu R$ 482,3 milhões. O caixa mais gordo melhorou os indicadores de endividamento. Em 30 de abril deste ano, a dívida líquida estava em R$ 744 milhões, o equivalente a 1,5 vez a geração de caixa. "Em 30 de abril de 2009, essa relação era de 2,8 vezes", lembra Pogetti.
Com o caixa forte e a baixa alavancagem, a empresa pretende seguir seu plano de crescimento. De acordo com o executivo, a expansão seguirá mais agressiva em terras paranaenses.
Das cinco unidades da empresa, três estão no Paraná, Estado que ainda oferece oportunidades diferenciadas de expansão em cana em relação a São Paulo, por exemplo, segundo Pogetti. Entre elas, maior disponibilidade de terras e ativos mais baratos, além de logística competitiva, com a ferrovia sendo o principal modal de escoamento da produção.
"Vamos continuar crescendo no Paraná. Do Centro-Sul, o Estado é o que tem a melhor logística", diz. Para ele, São Paulo já está muito ocupado. É difícil pensar em uma outra unidade em áreas paulistas", afirma diretor.
No ano passado, a empresa investiu R$ 277 milhões, que foram aplicados em ampliação de lavoura de cana, máquinas e equipamentos industriais. Em 2010, segundo Pogetti, a empresa deve manter o mesmo ritmo de investimento. O foco continua sendo melhorias nas unidades já existentes.
Mas, no médio prazo, a partir de 2012, a empresa pretende ampliar a capacidade de processamento de suas unidades no Paraná. O foco é a usina de Florestópolis, que processa 1,4 milhão de toneladas, mas tem área agrícola para expandir para 4 milhões de toneladas. Também, a unidade de Santo Inácio, localizada no município de mesmo nome, com moagem de 3 milhões de toneladas. "Essa usina tem condição para ser ampliada para 5 milhões de toneladas", conta o executivo.
Além de ampliação da capacidade industrial, no médio prazo, a empresa pretende também crescer em cogeração em unidades onde ainda há espaço para avançar, como as de Junqueira (PR) e a do município de Floresta (SP).
Fonte: Valor Econômico
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