Plano Estadual de Logística e Transporte do Paraná aponta intervenções necessárias para os modais

Com o objetivo de chamar a atenção do poder executivo para os gargalos do transporte estadual, o PELT 2020 faz um levantamento detalhado da infraestrutura dos sistemas aeroviário, rodoviário, ferroviário e hidroviário que atuam em todo o Estado....
O PELT 2020 (Plano Estadual de Logística e Transporte do Paraná) foi divulgado nesta semana. Trata-se de um levantamento detalhado dos modais aeroviário, rodoviário, ferroviário e hidroviário que atuam em todo o Estado. O documento foi desenvolvido pelo Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Estado do Paraná (Sicepot-PR), com o auxílio do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná (Crea-PR) e do Instituto de Engenharia do Paraná (IE-PR).
“O objetivo do Plano é chamar a atenção do poder executivo para os gargalos do transporte estadual, de modo que as obras sejam incluídas no Plano Plurianual de Governo (PPA) e possam ser realizadas até o ano 2020”, explica o engenheiro civil Sérgio Piccinelli, do Sicepot-PR. “É necessário que os quatro sistemas sejam desenvolvidos, para que o sistema de transportes seja homogêneo. Não adianta ter uma estrada boa e ter um porto que não consegue transportar a carga que chega”, diz ele.
O PELT 2020 não determina a estimativa de custo que viabilizaria as intervenções, também não define de onde sairia os recursos financeiros. “Mas a melhor opção para a obtenção de recursos é a realização de Parcerias Público-Privadas”, completa o engenheiro.
Malha rodoviária
O sistema rodoviário abrange a maior parte das obras apresentadas no plano, com 15.796,28 km de rodovias estaduais e 102.706,00 km de rodovias municipais. Para este modal, a obra fundamental para a melhoria do fluxo seria a construção do trecho da BR-101 no Estado, que ligaria a cidade de Garuva (SC) e Variante do Alpino (PR), passando por Cubatão (PR), Matinhos (PR) e Antonina (PR). Com isso, o transportador que escoa a mercadoria no Porto de Paranaguá não precisaria passar pela BR-116 até Curitiba e depois a BR-277 para chegar ao litoral. Tal atalho economizaria cerca de 160km de trajeto.
Linhas férreas
Com 2.348,6 km de extensão, a malha férrea do Estado é administrada pelas companhias ALL e Ferroeste. O anel viário de Curitiba é uma das principais propostas sugeridas no âmbito ferroviário. A obra desviaria o fluxo de trens da área urbana da Capital. Além disso, o estudo levanta a proposta de construção de novas ferrovias que vão de Paranaguá a Guarapuava e de Foz do Iguaçu a Cascavel. Também ressalta a importância do Trem de Alta Velocidade (TAV), que ligaria Curitiba a São Paulo.
Aeroportuário
Apesar de possuir a 4ª melhor infraestrutura aeroportuária do Brasil, a necessidade de ampliação de capacidade de diversos aeroportos paranaenses e a construção de uma nova unidade em Ponta Grossa são questões evidenciadas no Plano. A terceira pista de 3,4 km de extensão do aeroporto Afonso Pena é uma das únicas obras previstas para a Copa 2014. O Estado é servido por 40 aeroportos públicos. Destes, 36 são administrados pelas prefeituras dos respectivos municípios onde estão instalados. O restante (Afonso Pena, Bacacheri, Londrina e Foz do Iguaçu) é operado pela Infraero.
Sistema de hidrovias
A principal intervenção na área hidroviária será a realização de obras de dragagem no Porto de Paranaguá, que deverá aumentar a profundidade para mais de 12 m. O PELT 2020 também observa a necessidade da criação de um Plano de Desenvolvimento Portuário para o Paraná.


Fonte: Portal Transporta Brasil

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