PARANAGUÁ: UM PROBLEMA DE BERÇOS

GOVERNO DO ESTADO ESNOBOU DINHEIRO FEDERAL E HOJE HÁ FILA DE NAVIOS...
Na última quinta feira 19/08 o cais e a barra dos portos de Santos e Paranaguá eram o retrato pronto e acabado da logística e infraestrutura existente no País. Os dois principais terminais marítimos brasileiros estavam congestionados. No porto paulista, 37 navios atracados e 301 navios esperando atracações. Em Paranaguá, 16 estavam nos berços do cais e 67 a espera, a maioria com fertilizantes e outros para embarcar açúcar.
Tanto o governo federal como o estadual, nos oito últimos anos, deixaram os portos serem gradualmente sucateados em todo o Brasil. Embora a movimentação em Paranaguá tenha triplicado, passando por exemplo de 14 milhões de toneladas em 1999 para 31 milhões de toneladas em 2009, nenhum investimento foi realizado. Virou novela a construção de outros três berços de atracação no chamado cais oeste.
Os recursos de R$ 190 milhões destinados pelo ministério dos transportes para essa ampliação foram recusados pelo governo estadual no período Roberto Requião, sob a alegação de que seriam construídos com recursos próprios.
Até hoje o Paraná perde milhões com essa pouco inteligente atitude. Durante o 9° congresso da associação brasileira de agribusiness, Pedro Parente, presidente da Bunge, empresa que atua em 16 estados em agronegócios, fertilizantes, alimentos e serviços portuários, estimou os prejuízos em quase R$ 9 bilhões com problemas de logística. O congestionamento de navios para exportação de açúcar, segundo ele, chegou a elevar os preços futuros em Nova Iorque. "A logística deficitária para o escoamento da produção pode se transformar em um problema crônico, caso investimentos não sejam feitos no setor", disse Parente.
A Bunge estima que U$$ 4 bilhões (R$ 7 bilhões) sejam perdidos no transporte ineficiente das commodities até os portos e U$$ 1 bilhão (R$ 1,76 bilhão) em dificuldades nos portos.

Fonte: Boletim Faep

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