Maior cooperativa dos Estados Unidos vai importar fertilizantes por Paranaguá

A CHS, maior cooperativa dos Estados Unidos, atuante no setor de grãos, fertilizantes, alimentos e energia (petróleo e etanol), com 1,5 mil cooperativas associadas e mais de 350 mil produtores envolvidos, iniciou suas operações de importação no Brasil nesta semana, pelo Porto de Paranaguá. O grupo, que já exporta soja e milho pelo terminal paranaense, deve movimentar produtos para fabricação de adubos e abastecer os mercados do Paraná e Mato Grosso do Sul.
Listada como a quinta trading (negociante) do mundo em volume de grãos, a empresa norte-americana respondeu por sete milhões de toneladas de fertilizantes utilizados nos EUA em 2009. Para se ter ideia do que isto significa, o valor representa quase 38% do total importado pelo Brasil no período: cerca de 22 milhões de toneladas.
Segundo o diretor da CHS em Fertilizantes e Insumos Agrícolas (Barter), Sérgio Argenteri, a escolha pelo Porto de Paranaguá foi considerada estratégica para a cooperativa, já que o terminal é o principal portão de entrada deste tipo de produtos no país. “Conhecemos a característica graneleira de Paranaguá, que é principalmente voltado ao agronegócio, e entendemos que este é um ponto chave para nossa atuação no Brasil. O mercado brasileiro está em crescimento e hoje 70% dos fertilizantes usados no Brasil são importados”, relatou.
As vantagens tarifárias e logísticas oferecidas no Paraná foram essenciais para atrair os novos usuários. “O Porto oferece uma melhor relação custo - beneficio, inclusive na infraestrutura de retroárea, necessária para depois que o produto desembarca. São armazéns, vias de acesso e modais rodoviários e ferroviários integrados, inclusive permitindo o frete de retorno, quando o caminhão vem com os grãos para exportação e volta com o adubo importado”, disse a coordenadora da execução do projeto de importação de fertilizantes da CHS, Andréa Leamari.
Otimismo - Quatro empresas operam com fertilizantes no Porto de Paranaguá: Harbor, Rocha Top, Forte Solo e Fospar. A expectativa é de que até o final de 2010 sejam movimentados sete milhões de toneladas de produtos como ureia, cloreto de potássio e nitratos. “A vinda de uma empresa de grande porte, considerada um gigante no setor, mostra que o mercado está aquecido, recuperado da crise mundial e promete mais crescimento”, analisou Valmor Felipeto, diretor da Harbor.
“Esta aposta no Porto de Paranaguá mostra que os investimentos feitos nos últimos anos são bem vistos no mundo todo e que as melhorias têm impacto direto e significativo nos negócios e na economia do Estado do Paraná”, completa ele.
Desde janeiro, até a última semana, foram movimentados mais de dois milhões de toneladas de fertilizantes pelo Porto de Paranaguá. O número é mais que o dobro do registrado no mesmo período de 2009, quando foram importadas 800 mil toneladas do produto.

Fonte: NewsComex - Comércio Exterior e Logística

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