Santos ampliará participação da ferrovia em 32% em 2025

De acordo com o Porto 2024 – Plano de Expansão e Estudo de Acessibilidade do Porto de Santos, a participação ferroviária no transporte de cargas do porto aumentará para 32% em 2025, contra os atuais 20% que representa.
O Porto 2024 projeta o crescimento da movimentação de cargas para 230 milhões nos próximos 15 anos e diagnostica as necessidades de estrutura e infraestrutura do cais santista. Os estudos foram desenvolvidos pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pela Universidade de São Paulo (USP).
“Essa intermodalidade dos acessos é fundamental para que o porto se consolide não só como o maior porto do país, mas como concentrador de cargas”, destaca o presidente da Codesp, José Roberto Serra.
Segundo o diretor de Planejamento e Controle da Codesp, Renato Barco, entre os principais gargalos na ferrovia está a cremalheira da descida da serra, operada pela MRS; o trecho entre Evangelista de Souza e Engenheiro Acriso e os acessos ao porto nas margens Direita (Santos) e Esquerda (Guarujá), operados pela ALL.
Barco ressalta a necessidade de soluções para atender a demanda como manutenção na via permanente, melhorias na sinalização, automação do sistema de controle de trens, construção de pátios, duplicação e segregação da linha em alguns trechos.
O diretor de Commodities da ALL, Eduardo Pelleissone, explica que os problemas nos trechos da companhia serão solucionados com os investimentos em andamento do projeto de transporte de açúcar, firmando com a Cosan, através da Rumo Logística. O acordo prevê a duplicação da ferrovia entre Campinas e Santos nos próximos três anos.
Já o presidente da MRS, Eduardo Parente, esclarece que o gargalo na cremalheira se deve às locomotivas utilizadas, fabricadas na década de 70, e que serão substituídas gradativamente com a chegada das novas máquinas que a empresa está adquirindo. Parente também explica que o compartilhamento da linha férrea com a CPTM dificulta as operações, e que a segregação seria a solução. A MRS e o Governo do Estado de São Paulo estudam como resolver o problema.

Fonte: Revista Ferroviária

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