Petronas: Acostume-se com este nome

A Petronas, gigante petrolífera da Malásia, pela primeira vez usará sua própria marca no Brasil. Mas será na área de lubrificantes...
Você provavelmente já ouviu falar da Petronas. Uma das maiores petrolíferas do mundo, 80ª empresa do planeta em faturamento (foram US$ 77 bilhões em 2009), patrocinadora da equipe Mercedes e de Michael Schumacher na Fórmula 1 e nome de um dos edifícios mais suntuosos já construídos (o Petronas Towers, na Malásia), a empresa durante muito tempo esteve distante do Brasil. Ela desembarcou por aqui apenas em 2007, e ainda assim de forma quase anônima. Naquele ano, comprou por US$ 1,5 bilhão o controle da flLubrificantes, movimento que serviu para testar o potencial do mercado brasileiro. Agora, a Petronas decidiu que é hora, enfim, de desbravar o País. "Nossa ideia é aproveitar o crescimento da indústria automobilística brasileira", diz Adilson Capanema, ex-presidente da flLubrificantes no Brasil e agora o número 1 da companhia no País. "Para isso, vamos investir na força de nossa marca." No Brasil, a Petronas já tem peso, com faturamento de US$ 700 milhões.
Foi com a intenção de se tornar mais presente nos postos de combustível que a empresa colocou no mercado, no início do ano, uma linha de lubrificantes premium com a sua própria marca (a flsegue no mercado com produtos básicos). Atualmente, a Petronas ocupa o quarto lugar no ranking brasileiro de óleos lubrificantes, com participação de mercado na casa dos 11%, atrás de Petrobras, Ipiranga e Shell. Os planos da Petronas, porém, são ambiciosos. Em 2010, para aumentar a produção em 50% e atingir a marca de 15 milhões de litros fabricados a cada mês, a gigante da Malásia vai investir US$ 30 milhões na ampliação de sua fábrica na cidade de Contagem, em Minas Gerais. Há duas semanas, a empresa fechou um acordo com a Dafra Motos para ser a fornecedora oficial de óleos lubrificantes para as motocicletas da marca.
Sem áreas de exploração de petróleo no País - a Petronas tem investido prioritariamente em campos petrolíferos localizadas no Iraque -, a empresa encontra no Brasil portas abertas para novos negócios em duas vertentes principais. A primeira delas, e também a mais complicada, seria entrar no mercado tradicional de distribuição de combustíveis, brigando com gigantes como Petrobras, Ipiranga e Shell/Cosan (leia reportagem à pág. 46). A outra possibilidade seria investir em etanol, por meio da aquisição de usinas produtoras de biocombustíveis. Capanema não confirma - e também não nega - nenhum desses dois caminhos. O executivo, porém, deixa o recado: "O Brasil, ao lado de China e Índia, é agora uma de nossas prioridades."

Fonte: Revista Isto É


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