MP tenta novo acordo com a ALL

Promotora ameaça processar empresa se termo de ajuste de conduta não for assinado em abril.
A procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT) de Rondonópolis (MT), Christiane Vieira, ameaça entrar com uma ação civil pública contra a ALL se a empresa não se comprometer a garantir a dignidade do caminhoneiro nos terminais de Alto Taquari e Alto Araguaia, ambos no Mato Grosso.
O prazo-limite estabelecido é 28 de abril, quando ela se reúne com a ALL e tentará obter a assinatura dos representantes da empresa num Termo de Ajuste de Conduta (TAC). “A situação a que os motoristas estão sujeitos nos terminais é degradante. Já fizemos várias notificações e não recebemos resposta da ALL. Com o TAC, esperamos que a situação seja resolvida”, ressaltou.
Somente nesta safra, os caminhoneiros já fizeram dois protestos fechando as rodovias que dão acesso aos terminais nos dois municípios matogrossenses. O primeiro foi dia 31 de janeiro em Alto Araguaia e o segundo, na última terça-feira (23), em Alto Taquari.
As queixas dos motoristas não se restringem às longas filas de espera. Cobrança para uso de banheiros, pátio com buracos e poeira ou lama, falta de local para comer, falta de comprovante de chegada aos terminais (usada para possível cobrança de estadia) e senha para determinar a posição de chegada são algumas das reclamações.
A ALL garante que está tomando providências e se comprometeu a construir dois pontos de enlonamento, após o espaço de classificação – uma medida simples que vai acelerar a descarga, fazendo com que o caminhão gire com mais rapidez. E serão abertas mais 100 vagas para estacionamento em Alto Araguaia, evitando as multas para quem fica no acostamento da BR 364.
Confira na próxima edição da Carga Pesada, que circula a partir do dia 8 de março, uma reportagem especial sobre o escoamento da safra.

Fonte: Revista Carga Pesada

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