Empresas de tecnologia devem adotar uma abordagem inovadora para atender às cadeias de abastecimento

Com isso, as companhias evitam correr o risco de serem superadas por seus concorrentes

Um novo documento técnico (white paper), divulgado pela DHL, revelou que a indústria de tecnologia deve ter uma abordagem inovadora, no desenvolvimento de produtos, e aplicá-la à gestão de mudanças da cadeia de abastecimento, para evitar a perda de participação no mercado de atuação.

A pesquisa detalha como o passado tem servido como um indicador impreciso, quando se trata de fontes futuras no setor de tecnologia. A redução do ciclo de vida dos produtos, os mercados emergentes, o aumento no consumo da classe média e a terceirização vêm criando desafios para as empresas de tecnologia. Embora todas essas tendências estejam atrapalhando um ambiente de negociação constante, elas não são as únicas questões que têm causado incertezas e ambiguidades no segmento.




Lisa Harrington, presidente do Lharrington Group LLC, elaborou o relatório em colaboração com a DHL, para analisar os desafios e as tendências que afetam o setor, em âmbito mundial. O levantamento mostra que as cadeias de abastecimento do setor de tecnologia, no futuro, terão de ser enxutas, ágeis e resilientes. As empresas de tecnologia precisam desenvolver cadeias de abastecimento altamente adaptáveis e capazes de se alinhar rapidamente em todos os mercados mundiais. Essa agilidade gira em torno de se manter com poucos ativos, mas ser capaz de acessar recursos altamente qualificados sempre que necessário, normalmente por meio de parcerias com provedores logísticos. 
“A dinâmica da incerteza e ambiguidade na indústria de tecnologia dificultam muito a tarefa de prever o que virá a seguir. O ciclo de vida dos produtos está ficando cada vez mais breve, à medida que os fabricantes disputam para criar novos produtos mais eficientes para substituir os antigos. Os mercados emergentes e suas crescentes populações de classe média estão gerando altas fontes de demanda, que são mais difíceis de atender e, com a expansão do alcance geográfico da cadeia de abastecimento, o mesmo acontece com os parceiros envolvidos. Enquanto isso, a terceirização da indústria de tecnologia tem resultado em cadeias com múltiplas camadas e geograficamente dispersas, com lacunas de visibilidade, de modo que as empresas não conseguem ter uma visão completa de suas operações logísticas”, explica Lisa.    

“Ironicamente, em um setor tão intimamente associado à inovação, a maioria das companhias, hoje, ainda precisa aplicar esse pensamento inovador à maneira como elas pensam sobre suas cadeias de abastecimento, a fim de enfrentar esses desafios. Somente após esse exercício, elas adquirirão a agilidade e a velocidade necessárias para competir com as empresas que adotam as melhores práticas de mercado e já lideram esse caminho com eficiência cada vez maior e total controle de custos”, ressalta Lisa. 

O documento analisa a forma como as empresas do setor de tecnologia, que adotam as melhores práticas de mercado, estão se adaptando em resposta aos desafios que surgem pelo caminho. Isso inclui firmar parceria com um operador logístico terceirizado, que, sozinho, consegue gerenciar as operações logísticas, com o auxílio de ferramentas que monitoram e avaliam as condições e desempenho de toda a cadeia de abastecimento. 

De acordo com o diretor de Desenvolvimento de Negócios da DHL Supply Chain, Márcio Barbeito, esses sistemas fornecem alertas em tempo real para que potenciais problemas possam ser identificados e tratados de forma proativa, antes que causem qualquer interrupção na cadeia de abastecimento. “A visibilidade apresentada por um provedor logístico pode se estender por meio de vários níveis de fornecedores e evitar lacunas nos processos do setor de tecnologia, além de permitir uma perceptibilidade sobre o estoque global, permitindo, assim, à gerência tomar decisões melhor fundamentadas em relação ao montante, o posicionamento, a quantidade e o tipo de estoque.”

Barbeito acrescenta que  o provedor logístico também não fornece apenas visibilidade. “Cada vez mais, as empresas que adotam as melhores práticas de mercado estão utilizando as soluções multiclientes, nas quais compartilham processos comuns da cadeia de abastecimento, como armazenagem, transporte e sistemas de TI com outras companhias, para reduzir custos, dispersar riscos e aumentar a agilidade. Eles também estão aproveitando a oportunidade de adiamento, para criar flexibilidade e reduzir a complexidade, espaçando a personalização dos produtos até o mais próximo possível do ponto de venda.”

Fonte: Revista Mundo Logística

1 comentários:

Kalebe Lemes disse...

Muito Bom

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