China investirá dez vezes mais que Brasil em infraestrutura

A China tem 174 aeroportos comerciais em ótimas condições, limpos, organizados e modernos. Mesmo nos horários de maior fluxo, é difícil se deparar com longas filas. Trens e esteiras rolantes ajudam no deslocamento de um terminal a outro e não há tumulto para pegar as bagagens. “Na China, qualquer aeroporto pequeno tem oito pistas de bagagem,” comenta Tang Wei, diretor da Câmara Brasil China de Desenvolvimento Econômico (CBCDE). Apenas como comparação, Congonhas, o segundo mais movimentado do Brasil, tem apenas cinco esteiras para a retirada das malas.
Nos próximos cinco anos, a China planeja investir R$ 360 bilhões para construir outros 56 novos aeroportos, disse Li Jiaxiang, diretor da Administração Geral da Aviação Civil (CAAC) da China, em uma conferência, em março deste ano. Os aportes levarão o número atual a 230. Enquanto isso, os investimento do Brasil na área devem ser 40 vezes menores, somando cerca de R$ 9 bilhões, até 2014, segundo informações da Infraero.
Este é apenas um exemplo da voracidade chinesa para melhorar sua infraestrutura. De 2011 a 2015, a China deverá investir pelo menos R$ 3,2 trilhões em aeroportos, ferrovias, rodovias, portos, energia elétrica e telecomunicações, segundo levantamento do iG com base em números divulgados por autoridades e pela imprensa oficial do país. E o país não tem nenhuma previsão de sediar uma Copa do Mundo tão cedo.
O valor é nove vezes maior do que o estimado para os mesmos setores no Brasil também em cinco anos, no período de 2010 a 2014. Veja a comparação no infográfico abaixo.
Os aportes em infraestrutura são de altíssima prioridade em um momento em que a China pretende incentivar o consumo interno – e ficar menos dependente das exportações -, levando parte da população que vive no campo para as cidades.
“O governo vem colocando bilhões de dólares em estradas, aeroportos, sistemas de transmissão de energia e escolas. É uma forma de preparar cidades para receberem mais moradores”, afirma Daniel Lau, chefe do escritório para a China na auditoria KPMG.
Ao mesmo tempo, uma boa infraestrutura para viajar aquece o setor de turismo dentro do país.Hoje, os chineses podem percorrer 8 mil quilômetros em limpos e modernos trens de alta velocidade. O iG passou por seis trechos e, mesmo em cidades menores, não houve atraso e os vagões eram novos e confortáveis. Ao todo, são mais de 26 rotas, ligando 43 cidades, além do MagLev, trem de levitação magnética que atinge 431 Km/hora no trajeto do aeroporto de Pudong ao centro de Xangai.

Fonte: Portal iG

0 comentários:

Postar um comentário