Maior produtor de soja do país, o Mato Grosso nunca plantou tanto. Na safra que começou a ser colhida nos últimos dias, foram mais de 6,9 milhões de hectares - quase o tamanho da Irlanda. As expectativas convergem para uma produção igualmente recorde, acima de 22 milhões de toneladas, possivelmente com produtividade acima da média. A nova safra, a quinta consecutiva com aumento de produção, consolida a retomada sustentável do agronegócio mato-grossense após a crise da dívida na metade da última década.
A quebra de recordes na produção consolida também a maior independência dos grandes agricultores em relação aos empréstimos bancários, ao crédito oficial, progressivamente menor, e aos sucessores do Estado no financiamento aos produtores da região, as tradings. Segundo a Associação dos Produtores de Soja do Mato Grosso, a participação das empresas no funding da última safra foi de apenas 18% - em 2005, forneciam quase metade dos recursos.
Com cerca de 1,6 mil hectares plantados, o produtor Jeferson Milanez Bif, da Fazenda Primavera, construiu um armazém com capacidade para quase 500 mil sacas, que consumiu perto de R$ 2,5 milhões, tirados integralmente do bolso. O produtor Sérgio Stefanello, da Fazenda Porta do Céu, que tem 9 mil hectares plantados, adquiriu no último ano cinco novas colheitadeiras, dois pulverizadores, quatro tratores e quatro plantadeiras. Pagou 60% de todo o investimento com recursos próprios e financiou 40%. "Hoje, consigo renovar o parque de máquinas sem me endividar muito", conta.
A capitalização dos produtores não se deve apenas à sequência de boas safras e preços externos atraentes. "O aumento das restrições ambientais, que dificulta novos desmatamentos, a forte valorização das terras agricultáveis e o pagamento de dívidas passadas puseram freio nos investimentos e deixaram o produtor com mais recursos em caixa", diz Marcos Rubin, sócio da Agroconsult. Em 2012, os agricultores do Estado vão plantar a maior safrinha de milho da história no Estado.
Fonte: Portal Valor Econômico
Com cerca de 1,6 mil hectares plantados, o produtor Jeferson Milanez Bif, da Fazenda Primavera, construiu um armazém com capacidade para quase 500 mil sacas, que consumiu perto de R$ 2,5 milhões, tirados integralmente do bolso. O produtor Sérgio Stefanello, da Fazenda Porta do Céu, que tem 9 mil hectares plantados, adquiriu no último ano cinco novas colheitadeiras, dois pulverizadores, quatro tratores e quatro plantadeiras. Pagou 60% de todo o investimento com recursos próprios e financiou 40%. "Hoje, consigo renovar o parque de máquinas sem me endividar muito", conta.
A capitalização dos produtores não se deve apenas à sequência de boas safras e preços externos atraentes. "O aumento das restrições ambientais, que dificulta novos desmatamentos, a forte valorização das terras agricultáveis e o pagamento de dívidas passadas puseram freio nos investimentos e deixaram o produtor com mais recursos em caixa", diz Marcos Rubin, sócio da Agroconsult. Em 2012, os agricultores do Estado vão plantar a maior safrinha de milho da história no Estado.
Fonte: Portal Valor Econômico
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