Estamos próximos à aprovação de acordos setoriais, dentro da política nacional de resíduos sólidos, perante este avanço brasileiro, fica o questionamento, como dimensionar a responsabilidade compartilhada dentro dos acordos setoriais?
O artigo 30 da PNRS inova quando estabelece a responsabilidade compartilhada entre os atores envolvidos no processo de geração dos resíduos sólidos, os quais são os fabricantes, atacadistas, varejistas, importadores, Poder Público e consumidores finais. Além disso, estabelece a necessidade de criação de canais reversos para equacionar a necessidade de gerenciamento dos resíduos e para isso há a necessidade premente da constituição de acordos setoriais, visando tornar a gestão dos resíduos sólidos e a implantação da logística reversa de forma viável economicamente e também sustentável.
O equacionamento para viabilidade econômica e sustentável ambientalmente, é o grande desafio a ser superado. Hoje vivenciamos possibilidades de criações de incentivos aos agentes coletores, como, por exemplo, através do governador Antônio Anastasia, que sancionou no dia 21/11/2011 a Bolsa Reciclagem, durante a abertura do 10º Festival Lixo e Cidadania, no Centro Mineiro de Referência em Resíduos. O Governo de Minas pretende incentivar a utilização de materiais recicláveis, preservando os recursos naturais e também contribuir para a inclusão social dos catadores de materiais recicláveis.
A ideia é criar possibilidades de incentivo financeiro às cooperativas e associações de catadores de materiais recicláveis que fazem segregação, enfardamento e a comercialização de papel, papelão e cartonado e reciclam plásticos, metais, vidros e outros resíduos pós-consumo.
Abrindo um pouco mais o cenário, temos hoje devido ao consumo descontrolado agregado a globalização um problema de destinação de resíduos sólidos a nível mundial. Dentro deste cenário mundial, em comparativo da legislação de resíduos brasileira as legislações da união europeia têm a chamada responsabilidade estendida, ou seja, é de responsabilidade de todos a destinação correta do resíduo gerado, porém de porcentagem maior ao gerador. Complementando o cenário europeu, já existem alguns sistemas de triagem e conscientização e educação ambiental melhores implantados e permanentes para quebras de gargalos logísticos na operação do sistema.
Claro que não podemos comparar o desenvolvimento europeu ao brasileiro, em se tratando de infraestrutura, porém algumas boas práticas podemos desfrutar. Dentro do cenário de acordo setorial, dimensionando projeto de logística reversa através da responsabilidade compartilhada, fazendo uso de agentes cooperados, não existindo uma fiscalização adequadamente implantada, vejo saída para o aceite e aprovação de acordos setoriais que de certa forma possam ser viáveis apenas no papel e na pratica não tragam os resultados esperados.
Faço o alerta pelo ótimo avanço que a politica trouxe ao país, portanto, devemos nos unir e executar as boas práticas estipuladas pela política nacional de resíduos sólidos. Devemos parar de enxergar a política apenas como ganho ambiental e sim, também, como vantagem competitiva as empresas que se beneficiarem de matéria-prima vinda de reuso ou reciclagem. Sustentabilidade é uma Utopia ou uma meta?
Partindo do principio que o ser humano é insustentável, vamos mudar o cenário e criar ambientes realmente ambientalmente sustentáveis. Principalmente no Brasil, não temos a cultura da doação de do reuso, pergunta clássica, quem não possui um aparelho celular antigo em alguma gaveta? Damos muito valor a produtos sem valor. Como mudar o a cultura, onde sabemos que o comportamento é diferente da atitude? Esta na hora de chamarmos de resíduos sólidos urbanos, o que o mundo já vem chamando de produtos ou subprodutos!
Fonte:Blog Logística Reversa
O artigo 30 da PNRS inova quando estabelece a responsabilidade compartilhada entre os atores envolvidos no processo de geração dos resíduos sólidos, os quais são os fabricantes, atacadistas, varejistas, importadores, Poder Público e consumidores finais. Além disso, estabelece a necessidade de criação de canais reversos para equacionar a necessidade de gerenciamento dos resíduos e para isso há a necessidade premente da constituição de acordos setoriais, visando tornar a gestão dos resíduos sólidos e a implantação da logística reversa de forma viável economicamente e também sustentável.
O equacionamento para viabilidade econômica e sustentável ambientalmente, é o grande desafio a ser superado. Hoje vivenciamos possibilidades de criações de incentivos aos agentes coletores, como, por exemplo, através do governador Antônio Anastasia, que sancionou no dia 21/11/2011 a Bolsa Reciclagem, durante a abertura do 10º Festival Lixo e Cidadania, no Centro Mineiro de Referência em Resíduos. O Governo de Minas pretende incentivar a utilização de materiais recicláveis, preservando os recursos naturais e também contribuir para a inclusão social dos catadores de materiais recicláveis.
A ideia é criar possibilidades de incentivo financeiro às cooperativas e associações de catadores de materiais recicláveis que fazem segregação, enfardamento e a comercialização de papel, papelão e cartonado e reciclam plásticos, metais, vidros e outros resíduos pós-consumo.
Abrindo um pouco mais o cenário, temos hoje devido ao consumo descontrolado agregado a globalização um problema de destinação de resíduos sólidos a nível mundial. Dentro deste cenário mundial, em comparativo da legislação de resíduos brasileira as legislações da união europeia têm a chamada responsabilidade estendida, ou seja, é de responsabilidade de todos a destinação correta do resíduo gerado, porém de porcentagem maior ao gerador. Complementando o cenário europeu, já existem alguns sistemas de triagem e conscientização e educação ambiental melhores implantados e permanentes para quebras de gargalos logísticos na operação do sistema.
Claro que não podemos comparar o desenvolvimento europeu ao brasileiro, em se tratando de infraestrutura, porém algumas boas práticas podemos desfrutar. Dentro do cenário de acordo setorial, dimensionando projeto de logística reversa através da responsabilidade compartilhada, fazendo uso de agentes cooperados, não existindo uma fiscalização adequadamente implantada, vejo saída para o aceite e aprovação de acordos setoriais que de certa forma possam ser viáveis apenas no papel e na pratica não tragam os resultados esperados.
Faço o alerta pelo ótimo avanço que a politica trouxe ao país, portanto, devemos nos unir e executar as boas práticas estipuladas pela política nacional de resíduos sólidos. Devemos parar de enxergar a política apenas como ganho ambiental e sim, também, como vantagem competitiva as empresas que se beneficiarem de matéria-prima vinda de reuso ou reciclagem. Sustentabilidade é uma Utopia ou uma meta?
Partindo do principio que o ser humano é insustentável, vamos mudar o cenário e criar ambientes realmente ambientalmente sustentáveis. Principalmente no Brasil, não temos a cultura da doação de do reuso, pergunta clássica, quem não possui um aparelho celular antigo em alguma gaveta? Damos muito valor a produtos sem valor. Como mudar o a cultura, onde sabemos que o comportamento é diferente da atitude? Esta na hora de chamarmos de resíduos sólidos urbanos, o que o mundo já vem chamando de produtos ou subprodutos!
Fonte:Blog Logística Reversa
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