Cuiabá altera a matriz de transporte

Durante a “67ª Semana Oficial de Engenharia, Arquitetura e Agronomia”, realizada em Cuiabá, Mato Grosso, Luiz Antonio Pagot, Diretor Geral do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura do Trânsito) relatou o processo de desenvolvimento da cidade que está acontecendo por meio da mudança na matriz do transporte.
Pagot falou sobre a importância da urgência na criação de condições favoráveis a integração dos modais rodoviário, ferroviário e hidroviário. “Nós temos uma possibilidade extraordinária de desenvolvimento. O Produto Interno Bruto (PIB) de hoje poderá ser dobrado em dez ou 12 anos”, comentou.
No entanto, para isso, o Brasil terá que dispor de um sistema de transporte eficiente, incrementando a intermodalidade, na opinião do diretor. Atualmente, o País concentra 65% do transporte por meio de rodovias, estando o restante dividido entre hidrovias e ferrovias.
“Precisamos de novos investimentos em mais hidrovias e ferrovias, o que possibilitaria redução de custos no transporte da produção, e o aumento de novas oportunidades de negócios para novas regiões”.
Um dos pontos favoráveis no momento, na opinião de Pagot, é o incremento na mala ferroviária que já contribui para uma mudança da matriz dos transportes. “O ano de 2009 foi muito interessante nesse aspecto, pois foi autorizado um aumento de 12 mil quilômetros de ferrovias em várias partes do País”, comentou o diretor.
O ganho no modal ferroviário é de extrema importância, segundo ele. A expectativa é que em 2025, 32% do transporte de cargas brasileiro seja efetuado por meio de trens.
Apesar da perspectiva favorável para o setor, há de se pensar em uma integração com os outros modais. Nesse sentido, o projeto da hidrovia Tietê-Paraná, por exemplo, que liga o Estado de Goiás ao Paraná, prevê a construção de mais 12 eclusas, aumentando a extensão navegável dos atuais 800 quilômetros para 2.400 quilômetros e expandindo a capacidade para 30 milhões de toneladas por ano.
Na região, são transportadas 120 milhões de cargas por ano, mas apenas seis milhões utilizam o transporte hidroviário. Com o empreendimento, a expectativa é facilitar o transporte de cargas até São Paulo e os portos, para exportação.

Fonte: WebTranspo

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